
No território continental português o projecto Atlas explorou, até ao momento, os cordofones, os tocadores e construtores, bem como as práticas a eles associadas. A literatura sobre instrumentos e o discurso dos protagonistas associa os instrumentos a cidades ou regiões específicas, como Braga, Amarante, Coimbra, o Alentejo e Algarve, Castelo Branco, Lisboa, Porto, entre outras. É o caso das violas braguesa, amarantina, toeira, campaniça e beiroa, respectivamente, ou as guitarras portuguesas “de Lisboa”, “de Coimbra” e “do Porto”. Não obstante, alguns destes instrumentos, como as violas braguesa, e beiroa, o cavaquinho e as guitarras portuguesas adquiriram valor simbólico a nível local ou nacional através de processos políticos de visibilidade e/ou “certificação”.